domingo, 17 de maio de 2009

Peddy-paper


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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Lobo ibérico


Nome científico: Canis lupus
Nome vulgar: lobo ibércio

Comprimento: os machos podem atingir os 2 metros de comprimento
Estatuto: mundialmente é considerada uma espécie vulnerável. Em Portugal está classificada como espécie em perigo.
Identificação: Os lobos apresentam maxilares fortes, com dentes afiados, excelentes para segurar as presas. Os lobos adultos podem atingir os dois metros de comprimento, com cauda, e podem pesar até 40 kg.
As fêmeas podem ter até seis a oito crias por ninhada. Estas nascem com os olhos fechados e sem defesas, dependendo fortemente da alcateia que cuida delas nos primeiros tempos de vida.
Este carnívoro possui uma cabeça volumosa e alongada, de aspecto maciço, com um focinho pontiagudo. Apresenta olhos oblíquos dispostos frontalmente e orelhas triangulares, rígidas não muito afiadas e relativamente curtas. Os membros anteriores são bem desenvolvidos e a zona lombar é forte e ligeiramente encurvada. As patas dianteiras são ligeiramente maiores que as posteriores. Possuem uma cauda espessa, quase sempre caída, que acrescenta ao comprimento do corpo, cerca de 45 cm.
Este carnívoro exibe uma pelagem castanho amarelada. O focinho possui uma coloração ruiva com tons intermédios de castanho e o amarelo. Na garganta possui uma região mais clara, em tons de branco sujo. As orelhas apresentam, externamente, manchas avermelhadas, sendo de cor creme do lado interno. A nuca e o peito são de cor parda. O dorso apresenta uma linha negra que se estende desde o pescoço à cauda. Na região anterior exibem uma lista negra muito bem definida, mais visível no Inverno. A pelagem de Inverno apresenta tons mais escuros e é mais densa do que a de Verão.
Habitat: O lobo apresenta uma grande capacidade adaptativa, tendo já ocupado todos os habitats existentes no hemisfério Norte. Em Portugal reflecte as zonas montanhosas devido à baixa densidade populacional humanas e à quase inexistência de actividade agrícola.
Comportamento: Os lobos vivem em grupos designados por alcateias, devidamente hierarquizadas, geralmente constituídas por um casal reprodutor, duas ou três crias juvenis e cerca de seis crias que nascem todos os anos. Esta espécie carnívora alimenta-se de animais selvagens. Devido à escassez destes, causada pela destruição de habitats, o lobo ataca animais domésticos, como ovelhas, cabras, entre outros. Apresentam actividade essencialmente nocturna, podem percorrer num só dia cerca de 20 a 40 km à procura de presas: mamíferos de médio e grande porte.
Por volta dos dois anos de idade, os lobos estão preparados para enfrentarem o mundo e procurarem um(a) companheiro(a) para constituírem família. Normalmente, os machos são mais precoces que as fêmeas. Quando devidamente preparados, os lobos jovens abandonam a alcateia e percorrem grandes distâncias à procura de um companheiro, sendo por isso vistos sozinhos e afastados dos locais onde é normal ocorrerem.
Reprodução: Os lobos atingem a maturidade sexual por volta dos dois anos. Nessa altura, já se encontram preparados para constituírem a sua família. Afastam-se da sua alcateia em busca de um companheiro, com a qual criam uma nova alcateia. Os lobos acasalam para toda a vida e, geralmente, apenas reproduz o casal alfa.
O acasalamento ocorre em Fevereiro - Março e em Abril - Maio ocorrem os nascimentos dos novos indivíduos, ou seja após dois meses de gestação. O casal apenas se reproduz uma vez no ano. Durante as primeiras três semanas, as crias movimentam-se muito lentamente e com bastante dificuldade, não se afastando muito do covil onde nasceram. Além disso possuem os olhos fechados e poucas defesas. Após o nascimento das crias, toda a alcateia colabora na protecção destas. Durante os cinco meses que se seguem ao nascimento das crias, entre Maio a Outubro, a alcateia ocupa uma área menor, nunca se afastando muito do covil. No final deste período, os lobachos já se encontram do tamanho dos restantes membros da alcateia e, por isso passam a acompanhá-la nas caçadas. É nesta altura que a alcateia ocupa uma maior área.
O local escolhido para o nascimento das crias pode ser um covil, ou então zonas pedregosas com uma pequena depressão. Estes locais são, normalmente, afastados de perturbações humanas e próximos de cursos de água.